Verão e calor = transpiração... mas sem mau odor!

O suor e o odor corporal não são a mesma coisa, têm causas distintas e por isso, também se “tratam” de forma diferente.
A transpiração advém do estímulo das glândulas sudoríparas para regular a nossa temperatura corporal, sendo um processo vital do nosso organismo. Por vezes este processo fica “desregulado”, o estímulo das glândulas sudoríparas é exagerado e resulta numa transpiração excessiva e incómoda, e apesar de mais frequente no Verão, também pode ocorrer no Inverno. Em qualquer um dos casos, a transpiração por si só não resulta em mau odor.
Por sua vez, o mau odor é originado por bactérias que habitam naturalmente a pele. Estas são capazes de produzir substâncias de odor desagradável através da decomposição do suor.

Desodorizante ou antitranspirante?

Embora muitas vezes sejam usados como sinónimos, os desodorizantes e antitranspirantes funcionam de forma distinta:

  • Desodorizantes: Não interferem com a produção de suor, mas conseguem mascarar o odor corporal através da redução do número de bactérias presentes na pele, uma vez que contém agentes antimicrobianos na sua composição.

  • Antitranspirantes: Interferem na quantidade de suor produzida. Normalmente têm sais de alumínio na sua composição que formam uma película protetora sobre a pele, impedindo a transpiração. Esta película que se forma é temporária, ou seja, vai desaparecendo ao longo do dia.

Os antitranspirantes podem ainda conter agentes antimicrobianos na sua composição e assim apresentar uma dupla ação antitranspirante- desodorizante, no entanto o oposto já não se verifica. Ambos podem possuir perfume como adjuvante na redução do odor, no entanto, os perfumes podem irritar a pele e, como tal, se tem pele sensível deve optar por um produto sem perfume.

varios tipos de desodorizantes e anti transpirantes, em stick, creme, spray ao lado uns dos outros e com uma flor
 

A eficácia depende do dispositivo?

Quer os antitranspirantes, como os desodorizantes existem em vários dispositivos distintos. O melhor formato depende da preferência do utilizador e não de caraterísticas que interfiram na sua qualidade. Existem assim desodorizantes e antitranspirantes em:

  • Spray: proporcionam a sensação de frescura e de uma secura mais rápida durante a aplicação;

  • Roll-on;

  • Stick: apresentam-se sob a forma de um bloco sólido, tendo uma superfície de aplicação superior à dos roll-ons; assim podem ser alternativas interessantes em casos de hiperidrose (transpiração excessiva)

  • Creme: além da capacidade antitranspirante/desodorizante, apresentam também propriedades mais hidratantes.
     

E se o antitranspirante não for suficiente?

A hiperidrose, ou seja, o excesso de produção de suor, ocorre em cerca de 1% população, e apesar de se tratar de uma condição benigna, pode causar grande desconforto e ansiedade. Pode ser:

  • Primária: surge mais frequentemente na infância e afetando principalmente mãos, pés, axilas, rosto e cabeça;

  • Secundária: quando tem origem numa doença preexistente ou provem de um efeito secundário a medicamentos; habitualmente surge na idade adulta e pode afetar diversas zonas do corpo.

O primeiro tratamento instituído é a utilização de antitranspirantes, por norma à base de sais de alumínio, nas zonas críticas, que podem ser reaplicados ao longo do dia.
Quando não é suficiente, existem tratamentos médicos capazes de “interromper” o estímulo da sudorese.
Se pensa sofrer de hiperidrose, exponha a situação ao seu médico ou farmacêutico que o podem ajudar a encontrar a melhor solução para si!