A febre, embora não o pareça, na maior parte das vezes não é uma inimiga. O aumento da temperatura corporal significa que o organismo está a lutar contra a doença. Assim, o mais importante em casos de febre é vigiar a criança e consultar o seu Médico ou Farmacêutico para definir uma estratégia adequada de ação, indicada para a situação específica da criança em causa. A febre é um sinal de alerta muito frequente nas crianças. Por isso, importa os pais saberem lidar de forma adequada com este sinal tão comum.
O que é a febre?
A febre, por si, não é uma doença, é um sinal, ou seja, uma resposta do nosso organismo no combate às infeções. A febre tem benefícios, tais como:
• Diminui o ritmo de crescimento de algumas bactérias ou vírus;
• Aumenta a função de defesa do sistema imunitário.
O que é considerado febre?
Para saber se a criança tem febre não basta pôr a mão na testa. Importa saber qual o valor da temperatura. Considera-se febre a subida de, pelo menos, 1°C acima da temperatura basal média diária individual (temperatura do corpo medida em repouso, normalmente imediatamente após acordar).
A temperatura pode ser medida com termómetros digitais, de vidro com coluna líquida de gálio ou de infravermelhos (à distância ou de contacto). Deve seguir as indicações fornecidas por cada fabricante, e mantê-los limpos para não originar erros de leitura.
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Como medir a temperatura?
Existem vários métodos para medir a temperatura:
- Medição retal: é o método mais rigoroso. Coloque a criança deitada de costas, lubrifique a extremidade do termómetro e introduza a ponta, em cerca de 3 cm no ânus, num trajeto paralelo às costas da criança; considera-se febre acima dos 38 º C;
- Medição oral: só deve ser realizada a partir dos 5 anos. Deve colocar a ponta do termómetro debaixo da língua e pedir à criança para manter a boca fechada durante cerca de 3 minutos, enquanto é feita a leitura; considera-se febre acima dos 37,6 º C;
- Medição axilar: menos preciso, mas um método bastante prático. O termómetro deve ser colocado na axila (de forma a tocar na pele e não na roupa), mantendo-se o braço firmemente encostado ao tronco, durante a leitura
Existem vários métodos para medir a temperatura:
- Medição retal: é o método mais rigoroso. Coloque a criança deitada de costas, lubrifique a extremidade do termómetro e introduza a ponta, em cerca de 3 cm no ânus, num trajeto paralelo às costas da criança; considera-se febre acima dos 38 º C;
- Medição oral: só deve ser realizada a partir dos 5 anos. Deve colocar a ponta do termómetro debaixo da língua e pedir à criança para manter a boca fechada durante cerca de 3 minutos, enquanto é feita a leitura; considera-se febre acima dos 37,6 º C;
- Medição timpânica: só deve ser realizada a partir dos 3 anos. Coloca-se o termómetro por infravermelhos no ouvido. Devem ser realizadas 3 determinações seguidas e deve selecionar o valor medido mais elevado; considera-se febre acima dos 37,8 º C.
O que fazer para tratar a febre?
Se a criança tem febre mas continua com interesse pelas brincadeiras, está alerta e reativa e come e bebe normalmente, permaneça atento e vigilante. Aplique, algumas medidas gerais para tentar diminuir a temperatura:
1. Mantenha um ambiente com uma temperatura amena;
2. Adeque o vestuário e a roupa da cama à sensação de frio/calor;
3. Ofereça água ou leite (aos bebés);
4. Não faça arrefecimento (com banho frio, compressas, álcool ou ventoinhas) para baixar a temperatura: tal vai diminuir a temperatura da pele e provoca uma subida da temperatura.
Se o bebé se sentir desconfortável pode ser necessário que o médico pediatra recomende um medicamento antipirético (que reduz a febre). Neste caso, cumpra o plano de tratamento até ao fim. As doses são em função do peso e idade da criança, bem como a própria forma farmacêutica, e devem ser medidas com rigor; além disso, os horários e os intervalos entre as tomas devem ser cumpridos.
Quando recorrer ao médico?
Há situações que requerem intervenção médica. Deverá levar a criança ao médico se:
- A febre for acompanhada de: sonolência excessiva ou incapacidade em adormecer; choro inconsolável; sede insaciável; fraqueza; náuseas e vómitos; diarreia; dificuldade em engolir ou falta de apetite; irritabilidade; dificuldades respiratórias; palidez; aparecimento de manchas na pele nas primeiras 24 a 48 horas; urina turva e/ou com mau cheiro; convulsão;
- Temperatura axilar ≥ 39,0ºC ou retal ≥ 40,0ºC, se idade inferior a 6 meses;
- Temperatura axilar ≥ 40,0ºC ou retal ≥ 41,0ºC, após os 6 meses de idade;
- Se se tratar de um bebé com menos de 3 meses de idade;
- Febre em criança com uma doença crónica grave;
- Febre com duração superior a 3-5 dias completos ou reaparecimento de febre após 2 a 3 dias sem febre.