8 sinais para evitar conduzir sob o efeito de medicamentos

Medicamentos e condução: quais os riscos?

 
A condução exige do condutor uma elevada concentração e capacidade de reação, com presença de espírito e rapidez de reflexos, de modo a dar respostas ajustadas e seguras às várias situações com que se depara, e assim evitar acidentes.
 

Sob o efeito de medicamentos

 
Conduzir implica que os estados físico e mental do condutor estejam em perfeitas condições. O que pode não acontecer quando se tomam certos medicamentos: quer sejam, ou não, sujeitos a receita, quer se destinem ao tratamento de doenças prolongadas ou de situações de saúde pontuais e passageiras. O mesmo é válido para os produtos à base de plantas.
A relação entre os medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso (na depressão, ansiedade ou para dormir) e a condução é bem conhecida: interferem na atenção e vigilância, no tempo de reação, a nível muscular, nos reflexos e nas capacidades de previsão, avaliação e reação.
No caso destes medicamentos, nomeadamente os calmantes e os receitados para a insónia, é necessário ter especial cuidado porque podem continuar a atuar durante várias horas mesmo depois de estar acordado. Os efeitos destes medicamentos podem aumentar se não dormir o número de horas suficiente (cerca de 7 a 8 horas por noite).
Mas os medicamentos não sujeitos a receita médica, usados em automedicação também implicam riscos: podem afetar a visão, os reflexos e a concentração.
 

8 sinais de alerta para os dos efeitos de medicamentos

 
Há alguns sinais que nos podem ajudar a perceber se estamos aptos a conduzir, ou não:
- Cansaço, sonolência, ou confusão mental;
- Náuseas ou mal-estar;
- Vertigens, tonturas e sensação de fraqueza;
- Tremores e movimentos involuntários;
- Perturbações da visão;
- Irritação ou agressividade;
- Excesso de confiança/perda da noção de perigo;
- Condução irregular, variando entre velocidade lenta e rápida ou incapacidade de manter a trajetória.
 

Quais os fatores de risco?

 
O risco aumenta quando se conjugam outros fatores, como:
- A idade: nos idosos a eliminação dos medicamentos é mais lenta, acumulando-se no organismo e mesmo pequenas doses podem ter um efeito mais prolongado do que o habitual;
- A polimedicação: a combinação de vários medicamentos aumenta o risco;
- O trabalho por turnos: quem trabalha por turnos, ao conduzir, deve ter um especial cuidado com o uso dos medicamentos, particularmente com os medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso, devido à irregularidade dos períodos de sono que pode agravar os efeitos secundários destes medicamentos;
- O consumo de álcool: combinados com o álcool, os efeitos dos medicamentos sobre as capacidades de concentração e reação multiplicam-se.
 

Dicas para conduzir em segurança

 
Informe-se sobre os efeitos secundários dos medicamentos na sua farmácia e, em caso de dúvida, leia o folheto informativo.
Não altere, por sua iniciativa, a dose recomendada nem o intervalo entre tomas.
Se tomar um medicamento pela primeira vez, conheça primeiro a reação do seu organismo antes de conduzir.
Se toma vários medicamentos ao mesmo tempo, informe- se na farmácia sobre as possíveis interações.
Não tome medicamentos de outras pessoas: os sintomas podem ser os mesmos mas a causa não, além de que cada organismo reage de forma diferente à mesma substância.
Esteja atento às reações do seu organismo: ao menor sinal de alerta, interrompa a condução, estacionando o veículo em local apropriado.
Descanse o suficiente, a falta de sono pode agravar os efeitos secundários dos medicamentos.