Autismo: o que é?

O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento que se caracteriza por dificuldades na comunicação e interação social e comportamentos, interesses ou atividades repetitivas.
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1 em cada 160 crianças tenha uma perturbação do espectro do autismo (PEA). Sabe-se que o autismo é, 4 a 5 vezes, mais frequente nos rapazes do que nas raparigas e que, nos últimos anos, tem aumentado o número de casos, provavelmente devido a uma maior consciencialização e melhores meios e critérios de diagnóstico.

Existem 5 tipos de PEA, sendo as principais o autismo clássico, a Síndrome de Asperger e a Perturbação do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.

O autismo surge quando existem alterações no funcionamento do cérebro. Estas alterações (e o que as causa) são ainda pouco conhecidas, no entanto sabe-se que resultam, maioritariamente, de alterações genéticas, ainda que os fatores ambientais também possam ter influência.
 

Quais são os sinais de autismo?


Os sinais de autismo estão presentes desde cedo, embora, muitas vezes, passem despercebidos. Tornam-se mais evidentes quando determinadas capacidades não se desenvolvem na idade correta (como por exemplo, a linguagem). Existem alguns sinais a que os pais podem estar atentos, e que, caso surjam, devem motivar uma visita ao médico, como por exemplo:

– Ausência de sorrisos ou expressões faciais aos 6 meses;
– Ausência de comunicação através de contacto visual ou gestos (apontar, mostrar, acenar adeus, por exemplo) aos 12 meses;
– Ausência de palavras aos 16 meses;
–  Ausência de frases com sentido, a partir dos 2 anos;

O diagnóstico de autismo acontece normalmente entre os 2 e os 3 anos (quando as manifestações se tornam mais evidentes) e é habitualmente feito por uma equipa multidisciplinar que inclui pediatras, terapeutas da fala, psicólogos e/ou psiquiatras.

Ainda que não haja uma solução, existem estratégias e métodos que podem ser utilizados pelos pais e cuidadores para promover a aprendizagem e desenvolvimento da criança com autismo.

Ainda que cada criança seja única e apresente manifestações e características particulares, uma intervenção educativa precoce e específica pode ajudar a melhorar a aprendizagem, interação e comunicação da criança. 
O médico especialista pode prescrever alguns medicamentos que podem ajudar a melhorar alguns comportamentos que a criança possa ter.