Serei intolerante à lactose?

Pensa que possa ser intolerante à lactose? Além de questões relacionadas com os sintomas, é necessária, em quase todas as situações, a realização de testes como o teste respiratório, exame de fezes ou a prova de intolerância à lactose. Para um diagnóstico correto, é sempre recomendada uma consulta com um gastroenterologista, especialmente porque alguns dos sintomas da intolerância à lactose são semelhantes aos de outras patologias.

Existem vários níveis de intolerância à lactose. Uma pessoa pode ser mais ou menos intolerante à lactose, o que faz com que a manifestação de sintomas seja mais ou menos intensa.

No entanto, apesar da diferença de intensidades, as pessoas intolerantes à lactose apresentam um conjunto de sintomas muito semelhantes entre si. Os sintomas mais habituais são:
  • Barriga inchada;
  • Enjoo;
  • Dor abdominal;
  • Gases;
  • Diarreia.
Na presença desses sintomas, um primeiro despiste possível é o teste de exclusão alimentar. Esta avaliação consiste em passar 7 dias sem consumir nenhum alimento que contenha leite ou derivados. Se com esta exclusão alimentar os sintomas desaparecerem, existe uma grande probabilidade destes estarem relacionados com a intolerância à lactose. De qualquer forma, é sempre recomendado ser visto por um médico para um diagnóstico definitivo. 

Na consulta médica, podem ser pedidos vários testes como:
  • Exame de fezes – mais habitual em bebés e crianças pequenas, este exame consiste na medição da acidez das fezes;
  • Teste do ar expirado – consiste na medição de hidrogénio no ar expirado antes e depois da ingestão de lactose diluída em água;
  • Exame de sangue (prova de tolerância à lactose) – consiste na medição da glicémia depois da ingestão de lactose diluída em água.
Por provocar desconforto e poder afetar a absorção de nutrientes importantes para o organismo, a intolerância à lactose deve ser diagnosticada e tratada.
 

Que tipos de intolerância à lactose existem?


Existem diferentes níveis de intolerância à lactose, mas poderá ser considerada como não tendo cura. No entanto, e em casos específicos, é reversível.
Existem dois tipos de intolerância à lactose: nível primário (ou genética) e nível secundário (adquirida). Quando falamos de uma total ausência da produção de lactase no organismo (enzima que consegue quebrar a lactose) referimo-nos à de nível primário e, esta, não tem perspetiva de cura. Por sua vez, a de nível secundário está, por norma, relacionada com algum tipo de situação que afete o funcionamento do intestino e prejudique a produção de lactase no organismo. Alguns exemplos são a diarreia infecciosa ou a doença celíaca. Com o acompanhamento correto, a intolerância à lactose de nível secundário pode ser tratada.
 

Como controlar a intolerância à lactose?


Depois de diagnosticada, é importante manter o controlo da intolerância à lactose e seguir todos os conselhos médicos para que tudo corra da melhor forma.
Numa etapa inicial, é importante evitar rapidamente o leite e seus derivados da alimentação, de forma a garantir uma melhoria rápida dos sintomas incomodativos. Posteriormente, poderá ser feita a sua reintrodução, consoante o aconselhamento médico.