Na nossa rotina diária, desde a dos mais pequeninos até à dos mais velhos, existem potenciais acidentes que podem resultar em feridas. Quando se trata de uma lesão superficial esta pode ser tratada em casa com pouquíssimos riscos de infeção e sem deixarem cicatrizes, mas para isso é necessário ter em mente os passos fundamentais que devem ser seguidos ao cuidar de uma ferida!

1. Limpeza: com as mãos bem lavadas e de preferência com luvas – para evitar contaminações – a ferida deve ser limpa com soro fisiológico ou, em alternativa, com água corrente. O objetivo deste passo é remover todos os corpos estranhos do leito da ferida. De notar que, caso haja hemorragia ativa, esta deve ser estancada ainda nesta fase através de uma ligeira pressão com uma compressa até cessar, o que normalmente ocorre após poucos minutos.
2. Desinfeção: deve ser feita com recurso a uma solução antisséptica apropriada. Deve recorrer-se a antissépticos em spray ou, quando usados em loção, devem ser colocados com a ajuda de uma compressa, por forma a evitar o uso de algodão uma vez que as suas fibras podem aderir à ferida.
3. Proteção e Vigia: todas as feridas devem ser protegidas ou por uma compressa estéril ou por um penso adequado. A proteção da ferida além de impedir a entrada de microrganismos – prevenindo infeção – também permitem manter a temperatura e humidade adequadas à normal cicatrização das feridas – diminuído a persistência de marcas. É importante mudar o penso todos os dias, ou sempre que este se molhe ou suje, para diminuir a probabilidade de contaminações, e vigiar o aspeto da ferida para que se surgirem sinais de infeção ou outras complicações possa recorrer ao centro de saúde tão cedo quanto possível.

 

Em que casos deve ter especial atenção?

As feridas devem ser alvo de especial atenção quando ocorrem em crianças ou idosos. No caso das crianças, a sua pele é mais fina e por isso mais facilmente danificada. No que diz respeito aos idosos, a regeneração da sua pele é por norma mais lenta e, além disso, podem sofrer de outras doenças que dificultem a cicatrização, como é o caso da diabetes. Assim devem ser tomadas medidas de prevenção para diminuir o número de acidentes nas crianças e idosos e também atuar o mais rapidamente possível e com todos os cuidados citados anteriormente para prevenir complicações. Para isso é fundamental ter uma caixa de primeiros socorros completa sempre à mão.
 

E que penso usar?

A escolha do penso mais adequado pode muitas vezes suscitar dúvidas. Em primeiro lugar deve ter-se em atenção o local da ferida pois, por norma, existem pensos especificamente desenhados para se adaptarem melhor aos diferentes locais, por exemplo aos dedos, joelhos ou cotovelos, calcanhares e outras zonas do pé. Além disso, os pensos podem ser mais resistentes, ser impermeáveis – para quando necessitamos de contactar com água – ou respiráveis, hipoalergénicos – ideais para peles mais sensíveis – ou até podem mesmo possuir tecnologia que permita facilitar a coagulação ou acelerar a cicatrização.
Por fim, porque a estética também conta, temos pensos desenhados para os mais pequeninos, com vários motivos infantis, assim como pensos transparentes que facilmente passam despercebidos.
Atualmente existem também pensos rápidos em spray. Devem ser aplicados na zona afetada após a lavagem e desinfeção e formam uma película transparente que, assim que seca, protege a zona contra infeções.